Pela primeira vez, desde 2001, os consumidores brasileiros com 50 anos ou mais foram os que mais compraram pela internet. É o que aponta a pesquisa Webshoppers da consultoria NielsenIQ|Ebit, a partir de dados de 2021.
No total, os consumidores “cinquentões’ foram responsáveis por 33,9% dos pedidos em e-commerces, superando o desempenho de 2020 e ficando à frente dos adultos da faixa etária de 35 a 49 anos (33,2%), líderes históricos nas pesquisas de consumo online da consultoria.
Os consumidores mais velhos destacaram em três segmentos: Construção e Ferramentas, onde responderem por 51% das compras, Saúde (43%) e Eletrodomésticos (42%).
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o diretor de e-commerce da NielsenIQ|Ebit, Marcelo Osanai, afirma que o resultado tem relação com as medidas de proteção contra a Covid-19, que levou o púbico para as lojas virtuais, e também com uma aceitação melhor do comércio eletrônico por parte do público desta faixa etária.
“Este consumidor mais maduro está cada vez mais aberto a usar a tecnologia e os sites também estão mais intuitivos, o que facilita a navegação”.
(Marcelo Osanai, diretor de e-commerce da NielsenIQ|Ebit)
Dados em destaque
Além de mostrar a liderança dos consumidores de 50 anos ou mais, a pesquisa Webshoppers da NielsenIQ|Ebit traz outros dados sobre o desempenho do e-commerce no Brasil em 2021. Confira os principais.
Faturamento: O e-commerce brasileiro movimentou R$ 182,7 bilhões em 2021, alta de 27% em comparação a 2020, quando o total foi de R$ 143,6 bilhões.
Estreantes: 12,9 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez em 2021, aumentando o número de consumidores online no país para 87,7 milhões.
Celular: A maior parte das compras foi feita usando celular, respondendo por 59% dos pedidos e 52% do faturamento (R$ 95,4 bilhões, alta de 32% na comparação com ano anterior).
Mulheres: As mulheres compraram mais que os homens pela internet em 2021, sendo responsáveis por 57,4% dos pedidos.
Renda: 33,2% das vendas totais foram feitas por consumidores com faixa de renda entre 4 e 10 salários mínimos. O percentual em 2020 foi de 31,5%.